sexta-feira, 17 de junho de 2011

Sobre a morte... Sobre a vida


Perdi meu pai, há alguns meses atrás... Que sensação diferente.
(depois do’ back’, já consigo falar sobre o assunto).
Eu o amava e se tornou mais forte e incomodo com a certeza de que, nunca mais o verei.
Herdei muito da personalidade dele.
 Era um cara diferente de tudo que conheço. Alegre, apaixonável, amava a vida, espirituoso, amigo de todos, às vezes ranzinza, ás vezes melancólico, se me lembro bem, detestava rotina, principalmente em seus relacionamentos amorosos (ficha extensa, rsrsrs...)
 Tinha defeitos, claro! Cabeça dura, teimoso, tinha mania de limpeza, as coisas nunca estavam limpas o bastante, se encantava com o belo (ele era assim, temos a mesma proporção de chatice)
A saudade dói, incomoda, angustia... então, me veio a reflexão:
Por que medo da morte,
Adianta alguma coisa?
Nascemos com uma certeza:
Morreremos um dia.
Uma dica e tanto...
Ainda quer saber de quê e quando isso ocorrerá?
My God!!
Não seria muito poder?
Tenho admiração e encanto pela morte.
O que desestabiliza(às vezes) é a maneira como ela chega.
Agüentar o back de uma notícia por morte violenta é barra, e nunca estaremos preparados para tal, acredite!
 Não sei bem explicar e não quero entrar no mérito da questão, mas, quem estuda a história do Brasil, mais precisamente a influência da Igreja católica, descobrirá de onde vem essa inquietação, esse pavor deixado de herança.Culturalmente aprendemos a ver a morte como algo ruim... e não é bem assim!
Morrer é conseqüência de viver, é data de validade e não há como fugir!
E não adianta querer excluir o Deus Criador dessa história.
A vida é um dom de Deus, sim!
Viver é gozar a vida enquanto se pode,
É aproveitar bem os meios que Deus nos permitiu, de maneira a não prejudicar as demais criaturas,
É somar com alguém, é ser útil de alguma forma, é aprender a cada dia com as situações, com tipos de pessoas diferentes, sabendo que nosso tempo é curto, em relação à eternidade que nos aguarda.
 Não viveremos eternamente (não nesta terra!)
Entendo como um jogo de vídeo-game, que vamos passando de fase, vencendo cada etapa, até chegar ao final...
Há os que não chegam ao final, partem antes, por um motivo ou outro,  algumas vezes estava gravemente doente, doença degenerativa, outras vezes de maneira assustadora, trágica, violenta, algo que nos impacta e deixa perplexos por dias, que às vezes pensamos que não daremos conta de segurar a onda, mas logo  os dias passam e estamos prontos para continuarmos a seguir a vida com a saudade cravada no peito.
Talvez o medo natural, não o que  foi imposto pela religião, esteja na dúvida de saber, onde viveremos depois de morrer. (...)
* Até a próxima postagem!

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